Ainda estou em choque...

Comunicado

Novo Contrato Coletivo de Trabalho dos Farmacêuticos

Caros Colegas,

Ao longo dos anos, muitos têm sido os problemas com os quais a classe Farmacêutica se tem debatido e muitos têm sido os ataques aos quais os estudantes têm sido sujeitos. No entanto, poucas foram as vezes em que fomos efetivamente ouvidos.

Chegou o momento de, enquanto estudantes e futuros Farmacêuticos deste país, deixarmos de pôr um futuro que é nosso nas mãos de a quem, esse mesmo futuro, nada diz.

Somos nós que, dentro de 5 anos, representaremos cerca de 50% dos Farmacêuticos Portugueses e por isso somos nós que hoje exigimos que a nossa voz seja ouvida.

A APEF tem vindo a alertar para os problemas do setor, desde o excesso do número de vagas que as instituições de ensino continuam, todos os anos, a abrir, até aos problemas associados à empregabilidade.

Devido a estes fenómenos, os estudantes são cada vez mais asfixiados por medidas que, por um lado, não impedem a sufocante afluência de alunos às Faculdades, e por outro, constroem uma economia que leva à insolvência das Farmácias e ao posterior desemprego da nossa classe.

Tendo em conta esta conjuntura, a ANF apresentou ao Sindicato Nacional dos Farmacêuticos uma proposta para o novo Contrato Coletivo de Trabalho. Nesse documento é apresentado um conjunto de propostas que reduzem significativamente a manutenção de várias garantias laborais, assim como a implementação de medidas restritivas de grande impacto nos atuais vencimentos dos Farmacêuticos. Concretamente, representam uma descida de 1314,67€ para 840€, no salário que um recém-licenciado poderá auferir numa Farmácia.

A APEF compreende a posição da ANF, pela necessidade de se tentar encontrar solução na deficiente estruturação das categorias profissionais, mas não pode deixar de mostrar a sua preocupação no que concerne ao futuro dos estudantes.

A APEF acredita que, acima de tudo, existe a necessidade de mantermos Farmacêuticos nas Farmácias de forma a assegurar que o Ato Farmacêutico é cumprido e que os cuidados ao doente são sempre a prioridade. É importante que todos percebam que o Ato Farmacêutico está inerente à posição do Farmacêutico, e que a valorização do nosso papel nas Farmácias e no Sistema Nacional de Saúde será a chave deste problema.

A APEF entende que, hoje, existe uma enorme necessidade de nos adaptarmos ao novo mercado e à atual situação das Farmácias, para que juntos, possamos voltar a ver renascer o setor.

No entanto, é também do entendimento da APEF que estas medidas, que nos afetam tão diretamente, não podem, de forma alguma, ser tomadas sem que os estudantes, sem que aqueles que vão ser sujeitos a elas, tenham uma palavra e sejam ouvidos!

A APEF defende, portanto, que no âmbito da discussão da nova contratação coletiva de trabalho, seja realizada uma reunião em que estejam representados os farmacêuticos, jovens farmacêuticos e estudantes, com o objetivo de expor pareceres e promover uma discussão sobre as propostas em análise.

Caros colegas, chegou o momento de dar cara à irreverência própria da nossa condição. Chegou o momento de personificarmos a coragem de enfrentar o nosso caminho, porque enquanto futuros Farmacêuticos, a solução passa por nós!

A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia

Texto retirado daqui: http://apef.pt/

Só vejo as coisas a piorar para o meu lado. Ainda não vi ninguém a tentar salvar os farmacêuticos da lama onde os estão a enfiar! A ANF diz que a medida serve para incentivar as farmácias a contratar mais pessoal, por ser a custo inferior. Hm hm... 

Andar a estudar 5 anos para ganhar uns 700€ ou menos líquidos? É muito frustrante mas tendo em conta o panorama nacional, não me posso devo queixar, dizem.

É nestes momentos que eu desejava ter nascido 1 ou 2 anos antes...