terça-feira, 3 de julho de 2012

Quem atura um povo, atura um corno *


Ora bem, após vários dias de experiência ao balcão, já pude constatar muita coisa:

- a maioria das pessoas (daquela zona) acha, infelizmente, que os farmacêuticos só os querem enganar. Nós é que temos sempre a culpa de tudo, claro. Inclusive do médico se enganar na receita.

- muita gente acha que a farmácia é a mercearia do bairro, ou mesmo a loja do chinês, em que pode trocar tudo só porque afinal já tem em casa. Hello?! Estamos a falar de medicamentos, não de panos para a loiça. As coisas não funcionam assim. Já tinha em casa? Problema seu, tivesse mais atenção no que compra. Vêm pedir coisas específicas e aparecem umas horas depois a dizer que se enganaram. Really?

- há pessoas que acham que a farmácia vende medicamentos avulso. Não me perguntem porquê.


- há pessoas que querem medicamentos mesmo muito fortes como se fosse uma caixa de paracetamol. Não vêem problema nenhum em pedir aquilo sem receita e acham que nós devemos dar. 


- há pessoas loucas! Encomendam medicamentos, perguntam-me 1000 vezes se foi aquilo que encomendaram, se tenho a certeza, porque senão for vão lá trocar, se é aquilo que o médico prescreveu (quando têm a receita à frente e é só ler porra!) e depois quando finalmente faço a conta e lhe digo que não é comparticipado mas que pode levar a receita, agrafa a factura e põe no IRS, a mulher responde: "Se não é comparticipado, não foi eu isso que eu pedi. Eu logo volto". Apeteceu-me bater-lhe na tromba. Aquela gente goza connosco. O medicamento não era comparticipado porque era homeopático! Mas foi o que o médico lhe deu... Mas não, a culpa é da farmácia que não encomendou o que ela pediu. Só à chapada pah! E escusado será dizer que não voltou...

- há pessoas mal educadas, incluindo médicos. Eu a explicar que a lei mudou no dia 1 de Junho e ele basicamente desmentiu-me. Disse que não mudou porque ninguém lhe disse nada. Ele esquece-se duma coisa que é actualização permanente. Não estava à espera que lhe batessem à porta a dizer que a lei mudou... Que era a primeira vez que lhe tinham dito aquilo e que ia a outra farmácia. À vontade senhor. Até porque a farmácia tem interesse é em vender medicamentos, se não aceita as receitas é porque não pode não acha?!

Haja paciência!


*frase gentilmente transmitida para o meu conhecimento pela minha rica mãe

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