sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sobre o Prós e Contras


Eu sei que 1 mês depois não faz muito sentido falar disto mas eu só vi agora e portanto só agora tenho uma opinião. Resumindo, achei uma autêntica vergonha, despertou a minha faceta agressiva.
O bastonário da Ordem dos Médicos não tem outro nome senão besta, desculpem o termo. Foi para ali exclusivamente para dizer que os farmacêuticos não prestam e que o INFARMED também não presta. Deu a entender claramente, para quem está num curso centrado no medicamento, que não percebe um chavelho. Eu sugeria seriamente que integrassem cadeiras sobre o Medicamento (e não farmacologia) no curso de Medicina para que a geração vindoura saia mais elucidada da realidade.
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos pecou por não ser muito objectivo nas respostas. Explicou muito do processo de introdução de um medicamento no mercado e isso é necessário mas o que se pretende ali são respostas imediatas e, primeiro deveria ter respondido à pergunta para depois explicar o porquê, porque a maioria das pessoas perde-se quando a explicação é muito longa até chegar à resposta.
Nem vou comentar a sra do bacalhau à brás! Só não percebo como é que uma especialista europeia diz coisas daquelas.
Quanto à parte de que os farmacêuticos é que têm interesse económico na venda de determinado medicamento, tá bem tá. Nós não recebemos bilhetes para o futebol nem viagens nem sei lá mais o quê, porque  não somos nós que prescrevemos. Quem escolhe primeiramente a marca é o médico e aí sim pode haver influências ocultas. Mas não, disso ninguém fala.
Acho que os doentes devem ter ficado muito inseguros depois de ver o programa. Descobrir que os médicos não confiam nos medicamentos de Portugal (sim porque desconfiar do INFARMED* é desconfiar dos medicamentos à venda de Portugal) é obra. Espero que as pessoas procurem fontes confiáveis de informação para se esclarecerem e não acreditem simplesmente em tudo o que lhes dizem. E espero que continuem a confiar nos farmacêuticos porque o nosso objectivo é a saúde e o bem-estar. Não há nenhuma cadeira no curso inteiro que nos fale do interesse económico, antes pelo contrário. Ensinam-nos sempre que primeiro está o doente. E é isso que vou fazer quando for farmacêutica a sério. Agora ainda sou um projecto de. Mas a caminhar para a coisa séria =P


* não me venham dizer que ele não disse que desconfiava, disse que confiava criticamente. Ya, que treta é essa?!

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